sábado, 26 de março de 2011

O Alimento Espiritual
O professor lutava na escola com um grande problema.
Os alunos começaram a ler muitas histórias de homens maus, de roubos e de crimes e passaram a viver em plena insubordinação.
Queriam imitar aventureiros e malfeitores e, em razão disso, na escola e em casa apresentavam péssimo comportamento.
Alguns pronunciavam palavrões, julgando-se bem-educados, e outros se entregavam a brinquedos de mau gosto, acreditando que assim mostravam superioridade e inteligência.
Esqueciam-se dos bons livros.
Zombavam dos bons conselhos.
O professor, em vista disso, certo dia reuniu todas as classes para a merenda costumeira, apresentando-se uma surpresa esquisita.
Os pratos estavam cheios de coisas impróprias, tais como pães envolvidos em lama, doces com batatas podres, pedaços de maçãs com tomates deteriorados e geléias misturadas com fel e pimenta.
Os meninos revoltados gritavam contra o que viam, mas o velho educador pediu silêncio e, tomando a palavra, disse-lhes:
- Meus filhos, se não podemos dispensar o alimento puro a benefício do corpo, precisamos também de alimento sadio para a nossa alma. O pão garante a nossa energia física, mas a leitura é a fonte de nossa vida espiritual. Os maus livros, as reportagens infelizes, as difamações e as aventuras criminosas representam substâncias apodrecidas que nós absorvemos, envenenando a vida mental e prejudicando-nos a conduta. Se gostamos das refeições saborosas que auxiliam a conservação de nossa saúde, procuremos também as páginas que cooperam na defesa de nossa harmonia interior, a fim de nunca fugirmos ao correto procedimento.
Com essa preleção, a hora da merenda foi encerrada.
Os alunos retiraram-se cabisbaixos.
E, pouco a pouco, a vida dos meninos foi sendo retificada, modificando-se para melhor.
* * *
Francisco Cândido Xavier. Obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

SE TE ENCONTRAS ANGUSTIADO
Irmão José

Se te sentes tentado ao suicídio, ora a Deus e busca a presença de um amigo com que possas conversar...

Quase todos os homens experimentam semelhante estado emocional, notadamente quando o sofrimento, em suas múltiplas nuanças, lhes subtrai a alegria de viver.

Se a tempestade das provações desaba sobre a tua vida, não desespere.

Breve, o Sol voltará a brilhar no horizonte de tuas esperanças.

Suporta corajosamente a dor que te acicata a alma, recordando que Deus, nosso Pai de Infinita Misericórdia, a ninguém desampara.
Se te encontras angustiado, pensa naqueles que estão lutando em silêncio por um mundo melhor e junta-te a eles, consagrando os teus dias a uma causa nobre.

Não acredites que nada possas realizar na seara do bem.

Cede as tuas mãos ao Senhor e Ele, por ti, fará maravilhas.
Esquece a idéia da morte e vive para os que te amam.
O sacrifício pessoal é uma estrada de beleza indefinível...
Amanhã, quando alcançares a Grande Renovação, agradecerás a cruz que te possibilitou compreender e abençoar a vida.
(Do livro "Tende Bom ânimo", pelo Espírito Irmão José, Francisco Cândido Xavier, Carlos A. Bacelli)
Realização:
Instituto André Luiz
SITE: http://www.institutoandreluiz.org/
ORAI SEMPRE

Filhos, não vos esqueçais de orar sempre.
A oração possibilita ao homem abrandar os próprios sentimentos.
Quem se habitua a orar não se entrega ao desespero e à revolta.
A prece jamais é um monólogo... Pelo recolhimento íntimo na oração, a criatura conversa com o Criador, que não a deixa sem resposta.
Ato de fé solitário, a prece exterioriza a sinceridade do filho que, reconhecendo a própria insignificância, recorre aos préstimos do Pai, que tudo pode.
Jesus orava com freqüência.
Sem este contato pessoal com Deus, a crença do homem não passa de uma aparente manifestação de religiosidade.
Os que oram nunca se fragilizam diante das lutas que faceiam.
Orai no silêncio de vossas reflexões; orai com a vossa mente e com o vosso coração.
Buscai forças no Alto para os embates inevitáveis do caminho, repleto de urzes e de pedras.
Orai com as vossas mãos mergulhadas na caridade; que as vossas petições sejam referendadas pelas vossas atitudes no bem dos semelhantes...
A persistência da fé remove obstáculos intransponíveis.
A oração modifica o tônus espiritual de quem, por vezes, não enxerga saída para os impasses da existência.
Quem não ora será sempre uma presa fácil da obsessão e do desequilíbrio oriundo de si mesmo.
Filhos, abençoai as vossas provas! Afagai o madeiro que vos pesa nos ombros e, sob o sol causticante de vossas dificuldades, não vos afasteis do oásis aconchegante da oração.
A prece é o ato de humildade que mais engrandece o espírito!
Sede homens de fé e de oração.
Quanto maior o desafio lançado à vossa crença, mais devereis vos curvar à necessidade de orar.
"Pedi e obtereis" - exortou-nos o Senhor, em suas palavras jamais pronunciadas em vão.


A CORAGEM DA FÉ BEZERRA DE MENEZES / CARLOS A. BACELLI

sábado, 20 de março de 2010

Aparências

Não acuse o irmão que parece mais abastado. Talvez seja simples escravo de compromissos.

*Não condene o companheiro guindado à autoridade. É provável seja ele mero devedor da multidão.

*Não inveje aquele que administra, enquanto você obedece. Muitas vezes, é um torturado.

*Não menospreze o colega conduzido a maior destaque. A responsabilidade que lhe pesa nos ombros pode ser um tormento incessante.

*Não censure a mulher que se apresenta suntuosamente. O luxo, provavelmente, lhe constitui amarga provação.

*Não critique as pessoas gentis que parecem insinceras, à primeira vista. Possivelmente, estarão evitando enormes crimes ou grandes desânimos.

*Não se agaste com o amigo mal-humorado. Você não lhe conhece todas as dificuldades íntimas.

*Não se aborreça com a pessoa de conversação ainda fútil. Você também era assim quando lhe faltava experiência.

*Não murmure contra os jovens menos responsáveis. Ajude-os, quanto estiver ao seu alcance, recordando que você já foi leviano para muita gente.

*Não seja intolerante em situação alguma. O relógio bate, incessante, e você será surpreendido por inúmeros problemas difíceis em seu caminho e no caminho daqueles que você ama.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo
Espírito André Luiz. Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1999.

:: Papéis de Carta Alfazema ::

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Mensagem de Natal!!


Senhor!

Enquanto vibram as emoções festivas e muitos homens se banqueteiam, evocando aquele Natal que Te trouxe à Terra, recolhemo-nos em silêncio para orar.

Há tanta dor no mundo Senhor!

Os canhões calam os seus troares, momentaneamente, as bombas destruidoras cessam de cair por alguns instantes, nos países em guerra, enquanto nós oramos

pelos que mercantilizam vidas, fomentando conflitos e beligerâncias outras; >br> pelos que escorcham as populações esfaimadas sob leis impiedosas e escravizantes;
pelos que se comprazem, como se fossem abutres em forma humana, com a renda nefanda das casas do comércio carnal; pêlos que exploram os vícios e acumulam usuras com o fruto da alucinação de obsidiados ignorantes da própria enfermidade;
pelos que malsinam moçoilas e rapagotes inexperientes, deslumbrados com o fastígio mentiroso da ilusão; pêlos que difundem a literatura perversa e favorecem a divulgação da criminalidade;
pelos que fazem enlouquecer, através dos processos escusos, decorrentes da cultura que perverte mentes e corações;
pelos que se locupletam com as moedas adquiridas mediante o infanticídio hediondo;
pelos que dormem para a dignidade e sorriem nos pesadelos do torpor moral, que os invadem! Senhor!

Diante das crianças tristonhas e dos velhinhos estropiados, dos enfermos ao abandono e dos atormentados à margem da sociedade, lembramo-nos de rogar por todos eles, mas não nos esquecemos de Te suplicar pelos causadores da miséria e do infortúnio.

"Não sabem o que fazem!" - perdoa-os Senhor!

Neste Natal, evocando o momento em que as Altas Esferas seguiram contigo à Terra, até o singelo recinto de animais, para o Teu mergulho na névoa dos homens, espace, novamente, misericórdia e esperança para todos, a fim de que o Ano Novo seja, para sofredores e responsáveis pelo sofrimento, a antemanhã da Era do Espírito Imortal de que Te fizeste paradigma após o martírio da Cruz.


Livro: Celeiro de Bençãos

Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

domingo, 20 de dezembro de 2009

Mensagem de Natal!!



Se já consegues perceber a sublime mensagem do Natal de Jesus, faze um exame dos benefícios que fruis com o conhecimento e dos resultados produzidos na tua vida.

Refaze, mentalmente, o caminho percorrido, desde que a sinfonia do Natal permeou teu espírito de alegrias, e considera as tuas atitudes.

Embalado pelo cântico da esperança cristã, rememora quantas lágrimas estancastes, quantos companheiros soerguestes da queda moral lastimável, quantos corações vitalizaste com a fé clara e pura, quantas vezes silenciaste se ultrajado, se perseguido, se instado ao revide, quanto desculpaste reatando liames de afeto com o ofensor, quanto confiaste embora aparentemente perdido, apesar das tentações de toda ordem!...

Tens elegido a serenidade como companheira nas horas difíceis, o amor como sustentáculo das tuas aspirações, a caridade como normativa fraternal e a fé como lâmpada sempre acesa no curso das tuas horas?!

O Natal evoca o Rei divino descendo à Terra para amar, como uma lição viva e inconfundível de como se devem conduzir os amados que conseguem amá-Lo.

Esses, os que ensaiam amá-Lo, experimentam gáudio pelo Seu nascimento, mas não convertem a alegria em estroinice nem a gratidão afetuosa em repasto exagerado, motivando desequilíbrios e abusos de variada contextura.

Buscam, à semelhança d'Ele, aqueles que não têm tido ensejo de ser amados nem socorridos e cujo leitos de dores se encontram à mercê das escuras tormentas da aflição em que eles se debatem, convertendo os sentimentos de que se encontram possuídos em alavancas de socorro e proteção.

Não se queixam, nem lamentam, pois que têm os olhos n'Aquele que tudo cedeu e todas as honras desdenhou para exaltar o amor e elevá-lo à condição de astro-rei no arquipélago das conquistas humanas.

Se ainda não consegues sentir a glória do Natal de Jesus vibrar nas íntimas fibras do teu ser, porque a tua coleta há sido de desencantos e tristezas, perversidades e incompreensões, ou porque as amarras do cepticismo cedo te enovelaram aos pélagos da indiferença pelas questões transcendentais do espírito, evoca a história daquele Homem que medrou como lírio imaculado em chavascal odiento e não se conspurcou, que vivei sitiado pelo sofrimento de todos e não desanimou, que sofreu zombaria e apodo de toda natureza e não descreu, que se viu a sós quando mais era convocado ao testemunho ímpar e não se fez amargo nem decepcionado.

Recorda-O, simples e majestoso, face crestada pelo sol, cabelos ao vento, pés sangrentos, esguio e nobre, misturado à plebe, enxugando suor e lavando feridas, limpando raízes morais, acolitado por mulheres mutiladas nos ideais da maternidade e reduzidas à condição mais dolorosas, e por homens vencidos por impostos exorbitantes ou dominados por misérias sem nome...

Elegeu esses, os sem-ninguém, à condição de amigos, sem se voltar contra aqueles outros, também infelizes, momentaneamente guindados ao poder ou enganados pela ilusão.

A cruz em que o cravejariam mais tarde, simbolizou-a sempre, de braços abertos, aconchegando ao peito afável quantos desejassem paz e, descrentes, necessitassem de luz e vida.

Evoca-O, e deixa que cheguem ao teu espírito e o penetrem, neste Natal, as vibrações d'Ele, o amigo por quase todos esquecido, que jamais se esqueceu de ninguém.

Aquieta o turbilhão que te atordoa, e, enquanto se espraiam no ar as sutis vibrações do Natal de Jesus, escuta a voz dos anjos e alça-te dos sítios sombrios onde te demoras para as culminâncias do amor clarificador de rotas em homenagem ao Governador da Terra, quando da sua visita, no passado, para que, agora, novamente Ele te possa visitar, sendo o conviva invisível e presente na formosa festa de paz em que se converterão tuas horas de agora em diante.

O Natal é mensagem perene que desceu do Céu para a Terra e que agora, em ti, se levanta da Terra na direção do Céu.


Livro: Lampadário Espírita
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

domingo, 6 de dezembro de 2009

Não reproves...


Um companheiro de lado,

Triste, agressivo, irritado,

Causando preocupação,

É sempre alguém que procura

Consolo à própria amargura,

Pedindo compreensão.

Fitando qualquer pessoa

Que te injuria, perdoa

E auxilia, mais e mais...

Na multidão, no barulho,

Muitas máscaras de orgulho

São dores descomunais.

Se te mostra voz de briga,

Dá-lhe, em troca, a frase amiga,

Nada te possa alterar...

Ou simplesmente irradia

Uma oração de alegria

Que lhe atenue o pesar.

Ante os irmãos em revolta,

Sabes que estás sob a escolta

Dos Mensageiros do Bem...

A dor, no tempo, varia,

Cada qual tem o seu dia...

Nunca reproves ninguém.


(Francisco Cândido Xavier por Maria Dolores. In: Recados da Vida)

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